Sp_penthouse

O projeto de arquitetura de interiores da cobertura sp_penthouse buscou atender as demandas do programa com a mínima divisão espacial possível, moldando continuidade e amplitude espacial para o apartamento. Circulações infinitas acentuam a fluidez entre os ambientes e configuram percursos funcionais – de clara apreensão e entendimento para moradores e convidados. Corredores largos são também aqui usados como galerias da coleção de arte e objetos do cliente, como espaços arquitetônicos agradáveis e não meras passagens.

Além disso, como pressuposto fundamental, a arquitetura quis criar uma atmosfera aconchegante e solene, onde os móveis fixos do ambiente – especialmente desenhados para o lugar – estivessem em consonância com objetos clássicos de design – como cadeiras e sofás. Entre as peças escolhidas estão desenhos de origem brasileira, escandinava e italiana assinados por Hugo França, Hans Wegner, Franco Albini, Gio Ponti dentre outros.

As superfícies internas foram tratadas como panos contínuos feitos em painéis de madeira Late terra e chapas de aço corten. Os pisos, por sua vez, são de mármore travertino nas área coletivas e madeira nos quartos. As cores desses materiais, com matizes ocres e beges, dialogam com os tecidos, como por exemplo as cortinas de gaze de linho. As tonalidades avermelhadas, usadas inclusive nos estofados, acabam por produzir uma sensação quente para o espaço. Todos os espaços tiveram o mesmo cuidado de projeto e tentaram criar surpresas e emoções por meio de um desenho preciso, baseado em cuidado no detalhamento arquitetônico.

Os layouts de estar – com luminárias de piso, sofás e poltronas, além de mesas laterais e centrais – definem espaços agradáveis para encontros sociais. Os ambientes são organizados por grandes tapetes – também em cores neutras que não se destacam demasiadamente do piso e funcionam como delicados balizadores para as atividades. O projeto luminotécnico privilegiou luzes indiretas, como sancas e abajours, complementados por pontos no forro junto de algumas paredes.

O apartamento está organizado em 3 andares. No primeiro, estão os quartos. No segundo piso, ficam a cozinha, um home office, a sala de jantar e a sala de estar. Já o último piso é o lugar de uma biblioteca com diferentes ambientes de leitura e um spa que tem uma piscina coberta, um jardim de inverno e ginástica.

Todos os espaços do último pavimento tem pé direito duplo. Assim o spa e a biblioteca puderam ser desenhados tirando proveito da espacialidade da arquitetura em prol do programa. Dessa forma, a piscina está disposta em continuidade com um denso jardim – inclusive com pequenas árvores –, criando assim um lugar com atmosfera tropical junto ao lugar minimalista de banho. As paredes foram feitos em madeira ripada e o forro de uma trama metálica.

Já a biblioteca tem prateleiras de madeira do piso ao teto, sugerindo que os próprios livros funcionem futuramente como revestimento do espaço. Desse lugar também, se tem uma espetacular vista para a cidade de São Paulo, enquadrada por janela que rompe a sequência ritmada dos módulos da estante.

Studio mk27

Architect: Marcio Kogan
Co-architect: Diana Radomysle, Luciana Antunes
Project team: Carlos Costa, Dimitre Gallego, Laura Guedes, Mariana Ruzante, Mariana Simas, Oswaldo Pessano